Pela Equipe Editorial da Flórida Review
Poucos profissionais representam tão bem o perfil do líder híbrido e global quanto Caio de Sá. Engenheiro de formação, empreendedor por vocação e especialista em desenvolvimento humano, Caio construiu uma trajetória única que atravessa continentes e setores. Ainda jovem, liderou equipes de milhares de pessoas, impulsionou operações bilionárias e se destacou como palestrante e treinador em dezenas de eventos de grande porte. Hoje, combina sua bagagem técnica à visão estratégica para projetos de inovação e tecnologia, sempre com um olhar voltado ao impacto humano e ao desenvolvimento de líderes.
Nesta entrevista à Florida Review, Caio compartilha os momentos decisivos da sua carreira — desde um intercâmbio transformador nos Estados Unidos, passando pela criação de uma empresa de coaching, até sua atuação estratégica na expansão de empresas americanas no Brasil. Ele também fala sobre seus aprendizados globais, sua paixão por palestras e treinamentos, e sua visão para o futuro da liderança. Confira os principais trechos dessa conversa inspiradora.
FR: Você fez intercâmbio nos Estados Unidos ainda bem jovem. Como essa imersão na cultura americana impactou sua mentalidade empreendedora?
Esse intercâmbio foi um divisor de águas na minha vida. Eu tinha apenas dezessete anos e, de repente, me vi inserido em uma cultura onde o empreendedorismo é incentivado desde cedo. A cultura americana valoriza muito a proatividade, a inovação, a meritocracia, e encara o erro não como fracasso, mas como aprendizado.
CAIO: Isso abriu completamente minha mentalidade. Eu voltei ao Brasil acreditando que podia criar, liderar, arriscar — e que não precisava esperar ser mais velho para fazer isso. Além de melhorar o inglês e desenvolver uma visão internacional, foi ali que comecei a treinar meu lado líder, participando de projetos, inspirando colegas e sonhando com algo maior.
FR: Ainda na juventude, você criou e liderou uma empresa de coaching e Programação Neurolinguística (PNL). Como foi essa experiência e quais foram os resultados e aprendizados que ela trouxe?
CAIO : Montar essa empresa foi um marco. Eu tinha pouco mais de vinte anos e já estava mergulhado no universo do desenvolvimento humano, algo que me fascinava. Fui CEO da operação e, junto com meu time, entregamos treinamentos, workshops e formações em PNL que impactaram centenas de pessoas no Brasil. Ajudamos muita gente a desbloquear potenciais, alinhar objetivos, melhorar resultados profissionais e pessoais. O maior aprendizado foi perceber que gestão e liderança não são sobre status, mas sobre transformar vidas. Ali aprendi a construir equipes, inovar na entrega de valor e inspirar confiança mesmo sendo jovem. Esse período foi essencial para moldar minha identidade como líder e palestrante e abriu portas para desafios muito maiores que viriam logo depois.
FR: Anos depois, você teve um papel estratégico na Jeunesse Global Brasil, ajudando a expandir a operação no país e formando uma equipe de 5 mil pessoas. Como foi essa experiência e quais foram os destaques dessa fase?
CAIO : A Jeunesse foi uma escola de altíssimo nível. Quando a empresa chegou ao Brasil, tive a honra de estar entre os primeiros líderes convidados a ajudar na expansão. Participei das reuniões estratégicas, apoiei a estruturação da operação e liderei a formação de uma rede com mais de 5 mil pessoas. A operação como um todo atingiu mais de US$ 100 milhões no mercado brasileiro, e saber que fiz parte desse crescimento é algo que me dá muito orgulho. Um dos pontos altos dessa fase foram as palestras e treinamentos que ministrei por todo o país e também no exterior, ajudando a formar novos líderes, impulsionar vendas e fortalecer o engajamento das equipes. Estive em dezenas de eventos, lotando auditórios, inspirando pessoas e dividindo aprendizados. Ser reconhecido dentro da empresa como um dos diretores mais jovens e de maior performance foi um marco pessoal e profissional. Mais do que números, o resultado significativo foi ver vidas transformadas — distribuidores conquistando independência financeira, superando desafios e alcançando sonhos.
FR: Você sempre foi muito envolvido com treinamentos, palestras e desenvolvimento pessoal. O que mais te atrai nesse universo e qual foi o impacto disso na sua jornada?
CAIO: O que sempre me fascinou é o poder de transformação humana. Quando estou no palco, conectando com uma plateia, sinto que posso não apenas compartilhar conhecimentos, mas provocar mudanças reais nas pessoas. Muitas vezes, uma palestra certa no momento certo pode ser o estalo que alguém precisava para mudar de vida, abrir um novo negócio, buscar novos desafios. Esse impacto é muito poderoso. Eu sempre busquei combinar conteúdo relevante com inspiração, mostrando que é possível transformar desafios em oportunidades. Além disso, esse trabalho me ajudou a desenvolver habilidades como comunicação, empatia, escuta ativa — que hoje aplico em todas as áreas da minha carreira.

FR: Liderar equipes em mais de 13 países é algo impressionante. Quais foram os principais aprendizados que você adquiriu liderando de forma tão global?
CAIO: Liderar em diferentes países me ensinou sobre diversidade e adaptabilidade. Cada cultura tem suas particularidades, e você precisa ajustar a comunicação, a estratégia, a forma de motivar. Aprendi a ouvir muito, a respeitar as diferenças e, ao mesmo tempo, a manter todos alinhados em torno de uma visão única. Um grande desafio foi formar líderes locais — entender quem eram os talentos em cada região, investir neles e criar estruturas sólidas que pudessem seguir com autonomia. Além disso, estar presente em eventos internacionais, interagindo com líderes globais, me ajudou a ampliar minha visão estratégica e construir uma rede de relacionamentos que hoje é um diferencial enorme.
FR: Em que momento você decidiu se aprofundar no setor de tecnologia, e como sua formação anterior contribuiu para essa nova fase?
CAIO: A tecnologia sempre esteve no meu radar. Conforme fui amadurecendo como líder, percebi que a próxima grande transformação estava justamente no campo tecnológico, especialmente em inteligência artificial. Minha base em engenharia me deu o raciocínio lógico, o pensamento estruturado; minha experiência em liderança me ensinou a lidar com equipes multidisciplinares e gerenciar projetos complexos. Quando decidi me aprofundar em tecnologia, principalmente no desenvolvimento de soluções digitais, consegui unir esses dois mundos. Passei a atuar com projetos no Brasil, trazendo inovação para empresas que queriam modernizar processos, incorporar ferramentas digitais e usar tecnologia para escalar resultados. Essa soma de engenharia, liderança e tecnologia me deu um posicionamento único.
FR: Além da tecnologia, o que você acredita ser essencial para formar líderes no mundo atual?
CAIO: Sem dúvida, as habilidades humanas. Saber comunicar, inspirar, entender as emoções do time, criar ambientes seguros e motivadores — isso é essencial.
Nenhuma tecnologia substitui a conexão genuína entre pessoas. Eu acredito que líderes precisam estar atentos não apenas aos resultados, mas ao desenvolvimento das pessoas ao redor. Um bom líder forma outros líderes. Por isso, além de investir em conhecimento técnico, sempre incentivei meus times e alunos a trabalharem comunicação, empatia, inteligência emocional e propósito.
FR: Você tem experiência tanto no Brasil quanto em interações com empresas nos Estados Unidos. Quais diferenças você percebe entre os dois mercados?
CAIO: Encontramos nos Estados Unidos um ecossistema mais favorável à inovação, com maior acesso a capital de risco, infraestrutura madura e uma cultura que valoriza o empreendedorismo. No Brasil, temos um mercado vibrante e muito criativo, mas enfrentamos desafios como burocracia, carga tributária e menos incentivos à inovação. Sempre atuei para empresas americanas no contexto do mercado brasileiro e atualmente opero de forma internacional, o que me permitiu trazer boas práticas globais adaptadas à realidade local. Uma grande diferença cultural é que, no Brasil, as relações pessoais e a flexibilidade são muito importantes, enquanto nos EUA tudo tende a ser mais direto e formalizado em contratos. Eu procuro tirar o melhor de cada ambiente: a criatividade e o calor humano do Brasil, aliados à estrutura e ao pragmatismo americano.
FR: Houve algum projeto ou conquista que você considera um divisor de águas na sua trajetória?
CAIO: Liderar a expansão da Jeunesse Global no Brasil foi certamente um divisor de águas. Eu já havia tido conquistas importantes antes, mas foi ali que tudo ganhou uma escala gigante. Participar da construção de uma operação bilionária, formar milhares de líderes, ministrar palestras lotadas e ver tantas vidas transformadas me marcou profundamente. Foi também a partir desse sucesso que ganhei visibilidade internacional, pude participar de eventos globais e consolidar minha reputação como líder de alto impacto. Esse projeto me deu confiança para explorar outros setores e me posicionar como um profissional capaz de gerar mudança transformadora em qualquer contexto.
FR: Apesar de tantas conquistas, o que ainda o desafia profissionalmente?
CAIO: O que mais me desafia hoje é continuar aprendendo e crescendo. A tecnologia evolui muito rápido, e estar na fronteira do conhecimento é uma missão constante. Também quero expandir meu resultado significativo, não apenas construindo negócios, mas formando novos líderes e deixando um legado de transformação. Tenho projetos em mente que envolvem educação, tecnologia e impacto social, e quero canalizar minha experiência para iniciativas que possam beneficiar comunidades inteiras. Além disso, equilibrar tudo isso com qualidade de vida e tempo para a família é, sem dúvida, um desafio que levo a sério.
FR: Que conselho você daria para jovens que desejam seguir carreira em liderança, desenvolvimento humano e inovação?
CAIO: Meu principal conselho é: não esperem se sentir “prontos”. Comecem agora, com o que têm e onde estão. Sejam curiosos, estejam sempre aprendendo e busquem desafios que os tirem da zona de conforto. Invistam em habilidades humanas — comunicação, empatia, liderança — porque, no final, são essas qualidades que fazem a diferença. Aproveitem as ferramentas digitais e tecnológicas disponíveis para criar soluções reais, que gerem valor para as pessoas. E pensem grande, pensem global. O mundo está conectado, e as oportunidades estão por toda parte. Se você trabalhar com propósito, integridade e paixão, o sucesso será uma consequência natural.
Com uma jornada marcada por desafios e conquistas, sigo dedicado a criar impacto positivo e inspirar a próxima geração de líderes globais. Acredito que o futuro pertence àqueles que ousam sonhar grande e trabalhar com propósito — e é por isso que sigo nessa jornada, todos os dias.
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A Florida Review está comprometida em destacar profissionais e empresas excepcionais que contribuem para a vitalidade econômica e o avanço tecnológico.