Texto de Kiki Garavaglia
Viajei com três amigas para conhecer esse destino considerado um dos patrimônios naturais da humanidade.
Saímos de Hanói, capital do Vietnã, indo de carro até o porto de Halong para embarcarmos num barco/junco que alugamos, chamado “Valentine”. São embarcações típicas da região, com velas em formato de asas de borboleta, casco escuro de cor ocre — e esse era só para nós! O “Valentine” nos levou a essa baía formada por 3 mil ilhas e ilhotas, num mar verde-jade, deslizando lentamente e silenciosamente…
Cada uma de nós tinha sua própria cabine de luxo, além de uma sala de jantar, sala de visita e dois decks superiores!
Após almoçarmos, fomos num barco menor visitar as grutas, a maioria com estalactites gigantescas e grandiosas, com fendas que iluminam os salões — Sung So, Pakou e outras —, muitas habitadas por vários macacos e algumas aves.
Na ilha de Dim Huon e Ga Choi, descemos num barquinho para visitar um templo no topo da ilha. Disseram que era espetacular! No meio da subida, havia um cartaz escrito em três línguas com o aviso: “Idosos não recomendados a subir!” Já estávamos exaustas, pois era muito íngreme, e chegamos à conclusão de que… já éramos idosas. Desistimos!
Voltamos para “nosso” barco, descansamos, e depois nos serviram um jantar lindamente decorado. Mas… a comida vietnamita deles, sinceramente, era bem fraquinha!
Após a “ceia”, notamos que o “Valentine” e vários outros juncos se dirigiam para passar a noite numa baía protegida, calma e silenciosa. Em vez de ir dormir após um filme antigo e chato, subi sozinha para o deck superior, peguei uma cadeira e fiquei observando as estrelas e as pequenas luzes dos outros barcos na baía… e me dei conta de que foi um momento mágico na minha vida!
No dia seguinte, após uma aula de tai chi chuan, nós, às gargalhadas, recebemos um lauto café da manhã e partimos para observar as aldeias flutuantes, onde os nativos cultivam pérolas, peixes ornamentais e outras belezas artesanais deles.
Ao anoitecer, constatei que realmente estivera num dos lugares mais bonitos do mundo — e da minha vida.