Você já acordou se sentindo diferente mesmo sem saber explicar o porquê?
Talvez você tenha notado que a sua energia está mais baixa, seu humor mais instável, sua pele menos luminosa. O seu sono já não é reparador como antes. Pequenas alterações começam a se repetir: no ciclo, na libido, na memória, no próprio olhar sobre si. E apesar de tudo isso, os exames dizem que está tudo certo. Mas, no fundo, você sabe: não está.
O corpo da mulher se comunica de forma sutil, com pequenas mudanças, sensações, sinais. Muitas vezes, esses sinais passam despercebidos em meio à rotina e às responsabilidades do dia a dia. E assim, o que começa como algo leve pode se prolongar. Aprender a observar o próprio corpo com atenção é um passo importante para o cuidado verdadeiro, aquele que respeita o tempo, o ritmo e as necessidades individuais de cada mulher. Mas o que está acontecendo não é fraqueza. Não é drama. E definitivamente não é “coisa da sua cabeça”. O que está acontecendo é hormonal!
Os hormônios são o sistema de regulação mais sofisticado da fisiologia feminina. Eles coordenam o metabolismo, o sono, a pele, o humor, a libido, a imunidade, a cognição. São eles que ajustam o que sentimos por dentro e como nos expressamos por fora. E basta uma alteração, mesmo que discreta, para que todo esse sistema comece a se reorganizar. Quando os hormônios perdem seu ritmo natural, o corpo tenta compensar. E aí surgem os sintomas que você não consegue explicar: o cansaço que não passa, a ansiedade sem motivo, a queda de cabelo sutil, a pele mais reativa, o apetite confuso, o sono alterado.
É aqui que muitas mulheres se perdem. Porque foram ensinadas a suportar, a normalizar, a seguir. E porque a ciência tradicional ainda tende a esperar por alterações visíveis nos exames, ignorando que o corpo já avisou muito antes. A modulação hormonal não é apenas uma correção laboratorial. É uma forma de restaurar a comunicação entre você e o seu corpo. De entender o que ele está tentando te dizer antes que ele precise gritar. De cuidar do invisível antes que ele se torne um sintoma crônico.
Se você se percebe cada vez mais distante da sua vitalidade original, da sua clareza mental, da sua leveza emocional, da sua força interna, talvez o seu corpo esteja simplesmente pedindo para ser ouvido de um jeito novo. Com mais profundidade. Com menos julgamento. Com respeito à sua história, à sua fase, ao seu tempo. Não há fórmula pronta. Mas há um ponto de partida comum: a escolha de parar e observar. De reconhecer que estar desconectada de si mesma não é o seu estado natural. De aceitar que você merece se sentir bem, com constância, com verdade, com presença.
Porque o que você chama de “fase” pode ser, na verdade, o seu corpo pedindo por você. E talvez este texto seja apenas o lembrete que faltava: ele já sabe. Agora, você também. “O seu corpo percebe antes de você entender. E quando você escolhe escutá-lo, tudo muda.”
Dra. Mônica Martelle