Texto de Kiki Garavaglia
Quem pode viajar com luxo para países exóticos escolhe os melhores hotéis, mas eu prefiro opções antigas, típicas do local – claro, renovadas! Em Phnom Penh, optei pelo Raffles “Le Royal”, que se destaca por sua beleza colonial de 1929, totalmente art déco, com “toques” da arquitetura khmer cambojana. Os jardins e piscinas são lindos, os quartos e banheiros excelentes, e todos te recebem e cumprimentam com um doce e sincero sorriso…
A cidade é pequena, mas possui lindos prédios franceses da época da colonização, um ótimo comércio típico, bons restaurantes franceses e cambojanos. Mas o mais divertido era, pela manhã, quando os turistas iam até a Praça da Independência – linda, com fontes de dragões jorrando água em lagos – para participar de aulas de danças cambojanas! Nos divertimos muito. Foi super alegre e muito engraçado observar as turistas “velhas e gordas americanas” aprendendo a dançar!!

Infelizmente, Phnom Penh passou por três anos terríveis, de 1975 a 1978, por causa do general do exército do Khmer Vermelho, Pol Pot, que queria exterminar os cambojanos e introduzir os chineses no país.
A cidade é pequena, mas linda e muito florida. No entanto, o que mais nos impressionou foi a visita ao “Museu do Genocídio”, que retrata os anos de terror quando Pol Pot enviou todos os magistrados para campos de concentração como escravos – ou simplesmente os executava.
O museu era uma antiga escola municipal, transformada em prisão. Em cada sala havia um prisioneiro acorrentado a uma cama de ferro, aguardando ser interrogado e torturado até confessar que era contra o Khmer Vermelho – mesmo que não fosse. Nesses três anos, mais de dois milhões de pessoas foram mortas por ordem de Pol Pot…

Mas, se forem ao Camboja, vale a pena visitar Phnom Penh. É uma gracinha de cidade, muito bem cuidada, cheia de jardins com flores e árvores floridas, lindas casas, museus, palácios, e o mais encantador: o eterno sorriso dos cambojanos ao cumprimentar todos os turistas, mesmo sem os conhecer…